domingo, 22 de dezembro de 2024

Conto escrito por um ex aluno e grande amigo, Ryan Cardoso

 

A Vitória dos Povos

Por Ryan Cardoso

 

Um Império chamado Olive Green que era governado por um Imperador tirano e que tinha todos os poderes na sua mão.

O povo estava cansado de viver na pobreza enquanto o Imperador Solrac III da Dinastia de Liteyagrk ficava mais rico com os impostos pagos pelo povo.

Enquanto na Capital de Olive Green, um homem com o nome de Ameryk se revoltou contra o Imperador e saiu da sua casa lendo o jornal e indo ao bar beber.

O amigo de Ameryk o viu passar e o chamou.

Ameryk ouviu o seu amigo, se aproximou e perguntou: Macetho, meu amigo, como está sua família?

Macestho chorando respondeu a pergunta: A minha família está morrendo de fome!

Ameryk nervoso chamou Macetho para ir beber com ele.

Macetho: Eu não posso ir meu amigo, não tenho dinheiro! A única moeda que tinha, comprei pão para dar aos meus filhos!

Ameryk: O povo tá cada vez mais pobre enquanto o Imperador continua vivendo sua vida de luxo e riqueza no palácio com a sua família! Anda amigo... Vamos beber.

- Mas meu amigo, tô sem dinheiro. Você não me ouviu não?

- Eu compro uma cerveja pra você. Bora tomar uma, meu amigo.

No bar, Ameryk e Macetho encontraram outro amigo que não a via há anos.

Conversando com um homem muito misterioso e suspeito, mais simpático e muito jovem.

O amigo chamou Ameryk e Macetho para participar da conversa.

Eles sentaram nos bancos e cumprimentaram o homem.

O homem perguntou para o amigo com um olhar desconfiado: Lindoval, quem são eles?

Lindoval: Félix, eles são os meus amigos que eu não via há muito tempo.

Macetho: Lindoval, há quanto tempo! Você sumiu, meu amigo.

Lindoval: Tá muito difícil de viver em Olive Green. Então, tô trabalhando no Reino do Sul pra dar de comer para a minha família! Mas isso vai mudar.

Félix bêbado sorriu e sussurrou bem baixinho: O reinado do Imperador vai acabar.

Ameryk: Você falou o que?

Félix olhou para os lados e falou baixinho: Tem tanta gente aqui, não posso dizer pra vocês.

Lindoval: Mas depois do pôr do sol, vocês vão para atrás da Igreja… Nós vamos estar lá, com o nosso grupo e líder.

Ameryk: Grupo de quê?

Macetho: Líder?

 

Anoiteceu

 

Ameryk e Macetho foram ao encontro do grupo.

Chegando atrás da Igreja, eles entraram no salão onde se encontrava a reunião.

 

Lindoval: Ameryk e Macetho, sejam bem-vindos ao grupo dos Cavaleiros da Pátria do Amanhã.

Ameryk: Cadê Félix?

- Ele não podia vir, porque tinha um compromisso.

- Eu acho que já vi ele de algum lugar, e o nome dele não é familiar. Ele parece muito com o Príncipe Imperial.

Lindoval riu e disse: Não viaja meu amigo!

- Macetho: Você sabe onde ele mora?

- Não sei. A reunião vai começar.

O líder do grupo disse para os seus seguidores: Hoje é a última reunião antes do golpe de Estado, vamos tirar aquele Imperador do poder. O seu povo tá morrendo e ele vivendo de luxo pagos com os nossos impostos. Mas isso vai mudar! Cavaleiros da Pátria do Amanhã, vamos à luta!

Vamos à guerra!

O líder avistou Ameryk e Macetho, os apontou com o dedo e os chamou: Vocês dois, se aproximam por favor. Quem são vocês?

Lindoval: Eles são meus amigos, Senhor.

O líder olhando para Ameryk e Macetho perguntou para eles: Vocês querem entrar no grupo?

Ameryk e Macetho sem pensar responderam a pergunta: Sim Senhor. Vai ser uma honra ver o Império daquele filho do diabo cair.

O líder colocou os anéis de fidelidade nos dedos de Ameryk e Macetho e disse: Vocês agora fazem parte dos Cavaleiros da Pátria do Amanhã.

- Vamos à luta!

- Vamos à guerra!

 

Dias depois

 

Os cavaleiros da Pátria do Amanhã pegaram suas armas e saíram para as ruas.

O grupo 3 conquistou o Quartel do Exército Imperial.

O grupo 2 chamava a atenção do povo.

Enquanto o grupo 1 comandado por Lindoval, se dirigia para o Palácio Imperial para invadir.

Dentro do Palácio Imperial, Ameryk e Macetho disfarçados de funcionário do Palácio e Soldado da Guarda Imperial, encontraram Félix.

Félix disse com a voz baixa: Macetho, você vai ficar ao lado esquerdo do Imperador pra ele te ver e te chamar. Enquanto tu, Ameryk, vai colocar veneno na bebida dele e levar até ele.

O Capitão do Exército Imperial chegou perguntando: Vossa Alteza Imperial, eles já tão prontos pra ir?

Félix: Sim Senhor Homarlo.

Macetho surpreendido olhou para Ameryk e disse: Ele... É... É... O Príncipe, Imperial.

Ameryk: Eu sabia!

Félix: Sim. Eu sou o Príncipe Imperial, mas não sou igual ao meu pai, o Imperador cruel, tô contra a ele. Quero que o reinado dele caia com ele. É por isso que entrei no grupo dos Cavaleiros da Pátria do Amanhã, pra lutar pelo nosso país e pela nossa nação!

O Capitão do Exército chamou Ameryk e Macetho para ir: Senhores, vamos?

- Vamos à luta!

- Vamos à guerra!

 

No salão do trono, o Capitão do Exército avisou o Imperador: Vossa Majestade Imperial, o povo está fazendo uma rebelião!

Solrac III com loucura bateu no rosto do Capitão e gritou com muita raiva: O quê? Meu povo tá fazendo uma rebelião contra mim! Soldados! Prende esse homem que não cuidou da segurança do meu Império!

O Capitão cuspiu no rosto do Imperador e disse com muito ódio: Que Deus te amaldiçoe desgraçado. Pode mandar me prender, pode mandar até me matar, seu Reinado vai acabar em breve mesmo.

Solrac III louco riu e disse: Você me deu uma ótima ideia. Soldados, levem ele para a guilhotina. Agora!

Solrac III olhou para o seu lado esquerdo, viu Macetho, o chamou e disse: Soldado, você agora vai ser o novo Capitão do Exército Imperial! Tens a minha permissão pra matar todos os que tão contra mim e meu Governo!

Macetho pegou a mão do Imperador, a beijou e disse: Soberano, vou ser um servo leal de todas as suas ordens!

Ameryk trazia um vinho muito especial para o Imperador.

Solrac III tomou o vinho e disse: Que… Que… Que… Vinho, ruim!

Macetho piscou o olho para Ameryk.

Solrac III passando mal viu o seu filho entrar no salão do trono e caído no chão pediu ajuda para ele: Félix, meu filho… Filho…  Filho… Me… Me… Ajude, por favor!

Félix sorrindo colocou a Coroa Imperial na sua cabeça, sentou no trono vendo o seu pai morrer envenenado e o perguntou: Gostou do vinho papai? Não, né?

Solrac III: Meu filho, você… Você… Você… Me traiu?!

Félix se ajoelhou e disse: Sim! Você foi um Imperador maligno para esse país. Agora você vai pagar seus pecados no inferno!

Solrac III com uma lágrima saindo do seu olho morreu.

Félix apareceu na varanda do Palácio dizendo: O Imperador morreu! Viva o Olive Green!

O povo muito contente gritou: Viva!

- Viva Félix VII! O novo Imperador!

- Viva!

 

3 meses depois

 

O Imperador foi coroado como Félix VII.

O Reinado de Félix VII

Foi alterada a forma de Governo de Olive Green para a Monarquia Constitucional Parlamentarista.

O Monarca exerce a função de Chefe de Estado.

Enquanto a função de chefe de governo é exercida pelo primeiro-ministro, que é eleito pelo povo e fiscalizado pelo parlamento.

Os poderes foram separados.

Poderes do governo do Império de Olive Green: Executivo, liderado pelo Primeiro-Ministro, Legislativo e Judiciário.

A primeira Constituição e a única foi feita um ano depois da Coroação do Imperador.

A constituição limita os poderes do monarca e define as funções do Chefe de Estado e do chefe de governo.

O Império de Olive Green cresceu e prosperou muito.

O povo viveu em paz para todos sempre com Félix VII reinando.

 

(FIM).

 

quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

Nigro Cast - Podcast

Este podcast é resultado do trabalho elaborado pelos alunos dos primeiros anos do ensino médio da Escola Nigro Gava e faz parte da culminância das eletivas do segundo semestre deste ano, tendo como coordenador do trabalho o professor Alex, da disciplina de artes.

Para ter acesso ao vídeo, clique sobre a foto



terça-feira, 26 de novembro de 2024

Diferenças entre Capitalismo e Socialismo - Semana de 25 a 29 de novembro

 Após a leitura e entendimento do texto, acessar ao formulário e realizar a atividade proposta, que poderá ser feita individualmente ou em duplas.

Lembrando que a atividade é presencial. Portanto alunos que faltaram no dia da realização, não o farão. E se alguém se esquecer e colocar nomes destes alunos nas atividades, ela será desconsiderada.

Clique aqui para acessar ao formulário

Capitalismo e Socialismo foram dois sistemas econômicos que disputaram a hegemonia no mundo ao longo do século XX.

Neste texto, vamos focar principalmente nas diferenças entre os dois sistemas.

O capitalismo é um sistema econômico baseado nas trocas de bem por dinheiro e onde as algumas pessoas são donas das propriedades e dos meios de produção.

É difícil precisar a origem no tempo e no espaço do capitalismo, pois este foi se desenvolvendo ao longo de séculos.  No entanto, observamos sua gênese no século XVI quando a Europa Ocidental passava do Feudalismo para o Mercantilismo e a valorizar o dinheiro como principal meio de troca por serviços e produtos.   

O Socialismo, por sua vez, tem origem no século XIX, como uma crítica ao sistema capitalista e especialmente na sociedade industrial que se desenvolvia.  Desta maneira, um grupo de intelectuais de diversas nacionalidades como Proudhon, Karl Marx, Friedrich Engels, Saint-Simon, Robert Owen, idealizaram uma sociedade diferente da capitalista. 

Ali, a propriedade e os meios de produção estariam nas mãos do Estado ou pertenceria à coletividade.  Alguns países tentaram implementar o socialismo como sistema econômico e coletivizaram os meios de produção como Cuba, a União Soviética, China e Vietnã, após a Guerra do Vietnã. 

Socialismo e Capitalismo: entenda o que é, suas características e origem. Abaixo listamos as principais divergências entre esses dois sistemas econômicos.




quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Atividade para o 9° Ano do Fund II da Escola Integrada (republicação)



A partir do vídeo "O Brasil deu certo. E agora?" responda: 

1. Para desenvolver o país, todos os participantes são unanimes em apontar duas causas que devem ser combatidas se quisermos um país melhor. Que áreas devem ser atacadas?
2. A crise de 29, deu ao Brasil uma possibilidade de crescer. Explique o que aconteceu no nosso país em função da crise.
3. Por que Juscelino Kubistchek ficou conhecido, segundo o vídeo, como o pai da inflação?
4. Que problemas (externos e internos) passa ter Geisel, durante o seu governo,  para manter as coisas andando no Brasil?
5. Qual a novidade do Plano Persio Arida, utilizado pelo ministro da fazenda Fenando Henrique Cardoso?
6. Você acha que se o Brasil não tivesse estabilizado a economia na década de 90, seriamos o que somos hoje? Justifique a sua resposta.

Link para o vídeo: O Brasil de certo. E agora?  

Não busquem respostas na internet (eu elaborei as questões e são muito específicas. Noão assistir a documentário é o caminho mais curto para se sair mal neste trabalho. Tá dado o recado.)

Entregar até o  início das provas bimestrais- Escola Integrada de Ensino


"Não haverá um segundo dia para a entrega desta atividade."

Deverá ser entregue impresso com capa, perguntas e respostas. Não serão aceitos trabalhos manuscritos.


terça-feira, 19 de novembro de 2024

Atualidades: Proibição de celulares nas escolas públicas em São Paulo.

Caso consiga, leia a matéria publicada no G1, entenda-a e responda individualmente, as questões propostas clicando no link abaixo

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Proibição de celulares nas escolas em SP: veja o que pode e o que não pode, segundo projeto de lei aprovado

 Texto restringe que estudantes usem qualquer tipo de aparelho eletrônico com acesso à internet durante o período de aulas, incluindo intervalos. Governador Tarcísio de Freitas tem 15 dias úteis para se manifestar sobre a proposta.

 Por Letícia Dauer, g1 SP

13/11/2024 13h47  Atualizado há 6 dias

 O projeto de lei que proíbe o uso de celulares em escolas públicas e privadas no estado foi aprovado por unanimidade na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) na terça-feira (12). O texto segue para sanção do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Segundo o texto de autoria da deputada estadual Marina Helou (Rede) e coautoria de outros 42 parlamentares, o uso constante de dispositivos durante as aulas tem sido associado a uma diminuição significativa na capacidade de concentração e desempenho acadêmico dos estudantes, além de afetar a interação social.

A discussão ganhou repercussão nacional com a aprovação do projeto que proíbe o uso de aparelhos eletrônicos nas escolas públicas e privadas na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, no Congresso Nacional, em 30 de outubro. O texto segue para a comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.

 Quais dispositivos são proibidos?

 É proibido o uso de qualquer equipamento com acesso à internet, como celulares, tablets, relógios inteligentes e outros dispositivos eletrônicos similares.

 Alunos podem levar celular para escola?

 Os estudantes que optarem por levar seus celulares e outros dispositivos eletrônicos para as escolas deverão deixá-los armazenados, sem a possibilidade de acessá-los durante o período das aulas. Ainda não foi definido onde os celulares devem ser guardados.

 Alunos podem usar celulares entre intervalos das aulas?

 Não. A proibição se estende aos intervalos entre as aulas, recreios e atividades extracurriculares.

 Existem exceções para o uso do celular na escola?

 Segundo a legislação, o uso de celulares e outros dispositivos eletrônicos serão permitidos excepcionalmente em duas situações:

 

1. quando houver necessidade pedagógica para utilização de conteúdos digitais ou ferramentas educacionais específicas;

2. para alunos com deficiência que requerem auxílios tecnológicos específicos para participação nas atividades escolares.

 Após a aprovação do texto pelos deputados, o governador Tarcísio de Freitas tem 15 dias úteis para decidir se o projeto de lei será sancionado ou vetado, segundo a Secretaria Estadual da Educação de São Paulo (Seduc-SP). Se o texto for sancionado, a lei entra em vigor 30 dias depois de sua publicação.

 Dúvidas sobre a implementação da lei

 Organização: o texto estabelece que os celulares e demais dispositivos eletrônicos devem ser armazenados durante as aulas, porém ainda não se sabe onde os aparelhos serão guardados nas escolas ou se armários serão disponibilizados aos alunos.

 Fiscalização: o projeto de lei não define se as escolas públicas e particulares serão fiscalizadas para garantir que os alunos não estejam usando o celular durante as aulas.

Despesas: os gastos decorrentes da implementação da lei deverão sair do orçamento da Secretaria da Educação, segundo o texto. A pasta não informou se já possui planejamento financeiro.

 Punição: o projeto de lei também não estipula punições para as instituições de ensino que não cumprirem a lei.

Questionada sobre as dúvidas acima, a Seduc-SP se limitou a informar que "o projeto de Lei segue agora para a análise do Executivo, que terá 15 dias úteis para se manifestar. A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo ressalta que o acesso a aplicativos e plataformas sem fins educativos é restrito nas unidades da rede pública estadual". 


Caso queira saber mais sobre a lei, clique aqui e tenha acesso ao texto completo: https://www.al.sp.gov.br/propositura/?id=1000549285

segunda-feira, 18 de novembro de 2024

“Mulheres operárias”: permanências e mudanças no mundo do trabalho

 A partir da leitura e entendimento do texto, responda as  questões propostas. a atividade pode ser feita de forma individualmente, em duplas ou em trios

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Há 102 anos, mulheres operárias revolucionaram na primeira greve geral do Brasil

Escrito por Gabriel de Oliveira


Enquanto ocorria a Primeira Guerra Mundial, aproximadamente 400 trabalhadores da indústria têxtil amplamente encorpados por mulheres, da fábrica de tecelagem Mariangela, em Brás/SP, se organizaram em junho de 1917 ao lado de camponeses e trabalhadores rurais para aderirem ao movimento operário junto de Sindicatos e Federações, para reivindicar direitos trabalhistas, que na época não eram protegidos por lei, além de melhorias nas condições de trabalho, fim da exploração infantil e redução na jornada diária, resultando na maior greve geral do Brasil, durando 30 dias seguidos.

A crise começou dois anos antes, em 1915, com o aceleramento da exportação de alimentos para os países do Reino Unido, França e Rússia, chamados na época de “Tríplice Entente”. Por causa dessa corrente, a demanda de produtos alimentícios no Brasil despencou enquanto seus preços foram elevados. Apesar do salário ter aumentado em 71% até 1923, o custo de vida subiu em 189% no mesmo período, motivo esse, que colocaria crianças para a execução do trabalho forçado e sua exploração.

Uma grande emigração de italianos e espanhóis para o Brasil no início do século XX buscando melhores condições de vida, assustou a elite da sociedade que se sentia ameaçada com o povo estrangeiro. Eles se espalhariam pelo país, em especial os grandes centros urbanos e a região sul. Trabalhando em fábricas e já íntimos de brasileiros e portugueses que lutavam por melhorias profissionais, criaram sindicatos e organizações que seriam fundamentais para a futura greve.

Após essa expansão de italianos e espanhóis, a elite brasileira adotou o discurso nacionalista de que o povo estrangeiro conspirava contra a nação que os acolheram. A divisão de classes que caracterizava a sociedade naquela época foi motivo suficiente para inspirar os trabalhadores a lutarem não só por melhores condições de trabalho, mas também de vida.

A greve geral

Já em 1917, uma onda de greves se espalhava pelo Brasil durante o primeiro semestre. A violenta repreensão das autoridades era uma resposta que a elite utilizava como forma de demonstrar força ao crescente movimento operário. Em 9 de junho, na porta da fábrica Mariângela, um jovem anarquista espanhol chamado José Martinez foi morto após ser alçado contra a cavalaria durante um dos protestos. A mobilização por sua morte contagiou grande parte da população, que três dias depois representava mais de 70 mil trabalhadores em greve.

Os trabalhadores, em grande maioria mulheres, chegavam a exercer 16 horas por dia de trabalho, em condições precárias e recursos escassos. Por causa dessa fragilidade, um comitê chamado de “Defesa Proletária”, foi criado para defender seus interesses, tendo Edgard Leuenroth como porta-voz das negociações.

Somente em 16 de julho, mais de um mês da greve iniciada, os patrões fecharam um acordo com os empregados, prometendo melhorias e um aumento significativo no salário. Apesar da negociação ser concretizada entre autoridades, organizações trabalhistas e rurais mediadas por jornalistas, e os empregadores, ainda sim, em partes do país ainda acontecia a realização da greve. Sendo assim, após todos os setores chegarem ao acordo final com seus patronatos, a greve foi oficialmente encerrada no dia 18 de julho.

A greve teve impacto tão grande que foi aceita por grande parte da sociedade durante seu período de ação. As melhorias de fato aconteceram, apesar da consolidação dos direitos acontecer somente em 1943, com Getúlio Vargas na presidência. Por fim, o violento período expôs o governo influenciado pela elite brasileira que taxava anarquistas e estrangeiros como culpados de diversos crimes, além da prisão e humilhação em público de brasileiros que tinham a ideologia socialista e mantinha participação ativa nos protestos.

O que são os direitos humanos?

 Leia o texto, entenda-o, e responda as questões propostas no formulário. A atividade pode ser feita individualmente, em duplas ou em trios.

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Primeiro, qual a definição de direitos humanos?

 Os direitos humanos consistem em direitos naturais garantidos a todo e qualquer indivíduo, e que devem ser universais, isto é, se estender a pessoas de todos os povos e nações, independentemente de sua classe social, etnia, gênero, nacionalidade ou posicionamento político.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), os direitos humanos são “garantias jurídicas universais que protegem indivíduos e grupos contra ações ou omissões dos governos que atentem contra a dignidade humana”. São exemplos de direitos humanos o direito à vida, direito à integridade física, direito à dignidade, entre outros.

Quando os direitos humanos são firmados em determinado ordenamento jurídico, como nas Constituições, eles passam a ser chamados de direitos fundamentais.

 

Como surgiram os direitos humanos?

 Os direitos humanos são garantias históricas, que mudam ao longo do tempo, adaptando-se às necessidades específicas de cada momento. Por isso, ainda que a forma com que atualmente conhecemos os direitos humanos tenha surgido com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, assinada em 1948, antes disso, princípios de garantia de proteção aos direitos básicos do indivíduo já apareciam em algumas situações ao longo da história.

A primeira forma de declaração dos direitos humanos na história é atribuída ao Cilindro de Ciro, uma peça de argila contendo os princípios de Ciro, rei da antiga Pérsia. Ao conquistar a cidade da Babilônia, em 539 a.C. Ciro libertou todos os escravizados da cidade, declarou que as pessoas teriam liberdade religiosa e estabeleceu a igualdade racial.

A ideia espalhou-se rapidamente para outros lugares. Com o tempo, surgiram outros importantes documentos de afirmação dos direitos individuais, como a Petição de Direito, um documento elaborado pelo Parlamento Inglês em 1628 e posteriormente enviada a Carlos I como uma declaração de liberdades civis. A petição baseou-se em cartas e estatutos anteriores e tinha como principal objetivo limitar decisões do monarca sem autorização do Parlamento.

Já em 1776, foi deflagrado o processo de independência dos Estados Unidos, contexto em que foi publicada uma declaração que acentuava os direitos individuais (direito à vida, à liberdade e à busca pela felicidade) e o direito de revolução. Essas ideias não só foram amplamente apoiadas pelos cidadãos estadunidenses, como influenciaram outros fenômenos similares no mundo, em particular a Revolução Francesa, em 1789.

Os marcantes acontecimentos da Revolução Francesa resultaram na elaboração de um histórico documento chamado Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Nele, foi garantido sobretudo que todos os cidadãos franceses deveriam ter direito à liberdade, propriedade, segurança e resistência à opressão.

Esses documentos são considerados importantes precursores escritos para muitos dos documentos de direitos humanos atuais, entre eles a Declaração Universal de 1948. A Declaração Universal fez 70 anos em 2018!

 

A declaração universal dos direitos humanos

 Segunda Guerra Mundial resultou na perda de um grande número de pessoas, sobretudo com as muitas violações a direitos individuais cometidas por governos fascistas durante o período. Logo após o fim do conflito, formou-se a Organização das Nações Unidas (ONU), cujo objetivo declarado é trazer paz a todas as nações do mundo.

Além disso, foi criada uma comissão, liderada por Eleanor Roosevelt, com o propósito de criar um documento onde seriam escritos os direitos que toda pessoa no mundo deveria ter. Esse documento é a Declaração Universal, formada por 30 artigos que tratam dos direitos inalienáveis que devem garantir a liberdade, a justiça e a paz mundial.

Entre os diversos direitos garantidos pela Declaração Universal, estão o direito a não ser escravizado, de ser tratado com igualdade perante as leis, direito à livre expressão política e religiosa, à liberdade de pensamento e de participação política. O lazer, a educação, a cultura e o trabalho livre e remunerado também são garantidos como direitos fundamentais.

Hoje, a Declaração Universal é assinada pelos 192 países que compõem as Nações Unidas e, ainda que não tenha força de lei, o documento serve como base para constituições e tratados internacionais.

 

Como esses direitos são garantidos?

 As normas de direitos humanos são organizadas por cada país por meio de negociação com organizações como a ONU e em encontros e conferências internacionais. Vários países ainda firmam compromisso em garantir os direitos humanos em tratados das Nações Unidas, sobre as mais diversas áreas, como direitos econômicos, discriminação racial, direitos da criança, entre outros. Para cada um desses tratados, existe um comitê de peritos que avalia como as nações participantes estão cumprindo as obrigações que assumiram ao se comprometer com o tratado.

Além disso, outros órgãos da ONU, como a Assembleia Geral das Nações Unidas, o Conselho de Direitos Humanos e o Alto Comissariado para os Direitos Humanos constantemente se pronunciam sobre casos de violações desses direitos em todo o mundo.

Outro instrumento para garantia destes direitos são as operações de manutenção da paz, realizadas pela ONU e que fiscalizam o cumprimento dos direitos humanos em diversas partes do mundo. Além disso, já existem três tribunais de direitos humanos, um localizado na Europa, um na África e um no continente americano.

A nível nacional, cada país é responsável por garantir os direitos humanos dentro de seu território. Mas na fiscalização destes direitos atuam também instituições de direitos humanos, organizações profissionais, instituições acadêmicas, grupos religiosos, organizações não governamentais, entre outros.