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Primeiro, qual a
definição de direitos humanos?
Segundo a
Organização das Nações Unidas (ONU), os direitos humanos são “garantias
jurídicas universais que protegem indivíduos e grupos contra ações ou omissões
dos governos que atentem contra a dignidade humana”. São exemplos de
direitos humanos o direito à vida, direito à integridade
física, direito à dignidade, entre outros.
Quando os direitos humanos são firmados em
determinado ordenamento jurídico, como nas Constituições,
eles passam a ser chamados de direitos fundamentais.
Como surgiram os
direitos humanos?
A primeira forma de declaração dos direitos
humanos na história é atribuída ao Cilindro de Ciro, uma peça de
argila contendo os princípios de Ciro, rei da antiga Pérsia. Ao conquistar a
cidade da Babilônia, em 539 a.C. Ciro libertou todos os escravizados da cidade, declarou que as pessoas
teriam liberdade religiosa e estabeleceu a igualdade racial.
A ideia espalhou-se rapidamente para outros
lugares. Com o tempo, surgiram outros importantes documentos de afirmação dos
direitos individuais, como a Petição de Direito, um documento
elaborado pelo Parlamento Inglês em 1628 e posteriormente enviada a
Carlos I como uma declaração de liberdades civis. A petição baseou-se em cartas e estatutos anteriores e
tinha como principal objetivo limitar decisões do monarca sem autorização do Parlamento.
Já em 1776, foi deflagrado o processo
de independência dos Estados Unidos, contexto em que foi publicada
uma declaração que acentuava os direitos individuais (direito à vida, à
liberdade e à busca pela felicidade) e o direito de revolução. Essas ideias não
só foram amplamente apoiadas pelos cidadãos estadunidenses, como influenciaram
outros fenômenos similares no mundo, em particular a Revolução
Francesa, em 1789.
Os marcantes acontecimentos da Revolução
Francesa resultaram na elaboração de um histórico documento chamado Declaração
dos Direitos do Homem e do Cidadão. Nele, foi garantido sobretudo que todos
os cidadãos franceses deveriam ter direito à liberdade, propriedade, segurança
e resistência à opressão.
Esses documentos são considerados importantes
precursores escritos para muitos dos documentos de direitos humanos atuais,
entre eles a Declaração Universal de 1948. A Declaração Universal fez 70 anos
em 2018!
A declaração universal
dos direitos humanos
Além disso, foi criada uma comissão, liderada
por Eleanor Roosevelt, com o propósito de criar um documento onde seriam
escritos os direitos que toda pessoa no mundo deveria ter. Esse documento é a Declaração Universal, formada por 30
artigos que tratam dos direitos inalienáveis que devem garantir a liberdade, a
justiça e a paz mundial.
Entre os diversos direitos garantidos pela
Declaração Universal, estão o direito a não ser escravizado, de ser tratado com igualdade perante as leis,
direito à livre expressão política e religiosa, à liberdade de
pensamento e de participação política. O lazer, a educação, a cultura e o
trabalho livre e remunerado também são garantidos como direitos
fundamentais.
Hoje, a Declaração Universal é assinada pelos
192 países que compõem as Nações Unidas e, ainda que não tenha força de lei, o
documento serve como base para constituições e tratados
internacionais.
Como esses direitos são
garantidos?
Além disso, outros órgãos da ONU, como
a Assembleia Geral das Nações Unidas, o Conselho de
Direitos Humanos e o Alto Comissariado para os Direitos
Humanos constantemente se pronunciam sobre casos de violações desses
direitos em todo o mundo.
Outro instrumento para garantia destes
direitos são as operações de manutenção da paz, realizadas pela ONU
e que fiscalizam o cumprimento dos direitos humanos em diversas partes do
mundo. Além disso, já existem três tribunais de direitos humanos,
um localizado na Europa, um na África e um no continente americano.
A nível nacional, cada país é responsável por
garantir os direitos humanos dentro de seu território. Mas na fiscalização
destes direitos atuam também instituições de direitos humanos, organizações
profissionais, instituições acadêmicas, grupos religiosos, organizações
não governamentais, entre outros.
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