Atividade
1 - Leia os textos abaixo, copie, responda e entregue as questões propostas
Texto
1 - Em 1896, começou o conflito armado de maior
visibilidade nos momentos iniciais da República, prontamente transformado em
bode expiatório nacional: um cancro* monarquista, diziam as
elites reunidas na corte e longe dos sertões. A rebelião opôs a população de Canudos,
arraial que cresceu no interior da Bahia, ao recém-criado governo da República.
Em 1897, com a missão de cobrir os acontecimentos para o jornal O Estado de S.
Paulo, o jornalista Euclides da Cunha levou um susto. Republicano de
carteirinha, ele havia embarcado para a Bahia com a convicção de que a
República iria derrotar uma horda desordenada de fanáticos maltrapilhos – ainda
por cima acusados de “monarquistas” –, acoitados** num arraial
miserável. Atônito, descobriu, nos sertões baianos, uma guerra longa e
misteriosa, um adversário com enorme disposição para o combate, um refúgio
sagrado, uma comunidade organizada e uma terra desconhecida.”
SCHWARCZ; STARLING, 2015,
p. 332 e 333.
Texto 2 - O resultado da produção era
dividido entre o trabalhador e a comunidade, a autoridade religiosa do Conselheiro*
não dependia do reconhecimento da Igreja católica, e Canudos não estava
submetida a chefes políticos da região – representava um elemento perturbador num
mundo dominado pelo latifúndio.”
No impacto da descoberta, anotando tudo que via e
ouvia, Euclides adotou nova perspectiva, e tornou-se um grande escritor.
Sua história assumiu um tom de denúncia. Foi muito além da reportagem de
guerra: insistiu em revelar o efeito das secas na paisagem arruinada do sertão
baiano e a devastação do meio ambiente produzida pelas queimadas no Semiárido
Nordestino; inscreveu na natureza uma feição dramática capaz de projetar, no
enredo de sua narrativa, imagens de medo, solidão, abandono; reconheceu no
mundo sertanejo uma marca do esquecimento secular e coletivo do país. Em Os
sertões, publicado em 1902, Euclides da Cunha retomou a história da guerra
contra Canudos com um enfoque mais amplo do que usara nos artigos de jornal.
Mas manteve o tom de acusação. […] Seu livro virou monumento; é o memorial
de Canudos”.
a)
Segundo o texto, Euclides da Cunha que foi enviado para cobrir o evento de
Canudos, achou que seria uma cobertura de um evento efêmero. Ao chegar na
região, o que constatou e concluiu o jornalista?
b)
Que grupos sociais se opuseram ao movimento e porquê?
c)
Qual a diferença entre o “mundo dominado pelo latifúndio e o Arraial de
Canudos?
d)
Euclides da Cunha, em sua obra, vai
muito além da cobertura da guerra e assume um tom de denuncia. Qual o teor das
denúncias feitas por ele?
e) Segundo sua visão, se Canudos acontecesse nos
dias de hoje o tratamento e o desfecho teria sido diferente? Justifique a sua resposta.
Pode ser feito em grupos de até cinco pessoas - Caso a letra não seja legível, considerarei que a atividade não foi realizada e a descartarei.
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