Aula
2 - Juventude e a música brasileira a
partir de 1968 - Habilidade: (EM13CHS205)
Atividade 1 – Individualmente,
leia os textos e a letra da música. Copie, responda e entregue em folha
separada somente as questões propostas.
Texto 1 - A música e os anos de 1960 - A música sempre
esteve muito ligada à juventude. Ela pode representar insatisfação política,
amores, alegria e mesmo rebeldia. Na década de 1960, isso tornou-se muito
evidente, já que existiam diversos estilos musicais que refletiam o que eram
aqueles anos e quais eram seus desafios.
Em abril de 1965 foi
realizado o primeiro festival de música popular brasileira transmitido pela TV
Excelsior. Os festivais reuniam milhares de jovens que entoavam as canções
competidoras e lutavam por elas, considerando-as
um reflexo e uma reflexão acerca da sociedade em que viviam. Esses jovens,
tinham “urgência de Revolução, da liberdade, urgência de realidade e de ação”.
No plano cultural, os
anos de 1960 foram marcados por movimentos de renovação cultural e artística,
com a emergência do Teatro de Arena, do Cinema
Novo e do Tropicalismo, que influenciaram não só a produção cultural
brasileira, mas também projetaram a cena internacional. Jovens se mobilizaram
contra a ditadura militar, participando de movimentos estudantis, sindicais e
populares. Houve uma série de manifestações e protestos contra o regime que
foram severamente reprimidos com violência pelas autoridades Napolitano, Jornal da USP
Texto 2 - A cena musical na ditadura
brasileira - A vida não se resume em festivais’, disse Geraldo Vandré no
palco do Maracanãzinho, diante de 20 mil pessoas que vaiavam a decisão do júri.
A multidão estava inconformada com a derrota de sua
canção Caminhando (Para não dizer que não falei das flores) para
a bela Sabiá, de Chico Buarque e Tom Jobim, interpretada por Cynara e
Cybele, do Quarteto em Cy. [...] Mas o ano de 1968 tinha urgências, inclusive
urgências musicais. Tinha urgência da Revolução, urgência da liberdade,
urgência da juventude, urgência de realidade e de ação. As canções daquele ano
também tinham que ser urgentes [...]. Não podiam ficar limitadas a cantar o
futuro, cantar para esperar o futuro, cantar enquanto o futuro não chega. [...]
Precisava de uma canção urgente que anunciasse que “o dia de glória (revolucionária)
chegou” [...]. Efetivamente, o ano de 1968 esticou ao máximo o fio
ilusório de continuidade histórica, numa tensão máxima entre sonhos utópicos e
realidades massacrantes [...] o AI-5 no Brasil acabou com a ‘Primavera da
Juventude’ e suas utopias revolucionárias no auge das mobilizações. Vladimir Palmeira
Texto 3 - Pra não dizer que não falei das flores
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais, braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Pelos campos há fome em grandes plantações
Pelas ruas marchando indecisos cordões
Ainda fazem da flor seu mais forte refrão
E acreditam nas flores vencendo o canhão
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Há soldados armados, amados ou não
Quase todos perdidos de armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam antigas lições
De morrer pela pátria e viver sem razões
Os amores na mente, as flores no chão
A certeza na frente, a história na mão
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Aprendendo e ensinando uma nova lição
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Geraldo Vandré
2. Existe alguma música que explicite seu posicionamento político e suas demandas, tendo em vista a concepção de mundo que acredita? Qual seria essa música? (Nome da música e autor) Exponha e apresente seus argumentos!
3. Qual é o tema principal da música? A que ela faz referência?
4. Por que, à época, a música de Geraldo Vandré, “Pra não dizer que não falei das flores”, tornou-se um hino da juventude?
5. Qual é a relação com a ditadura militar no Brasil?
Nenhum comentário:
Postar um comentário