domingo, 22 de setembro de 2013

Trabalho de Geografia - Wandyck Freitas- 3º ano noturno

Esta Cruzadinha deverá ser entregue devidamente preenchida até quarta-feira, dia 25 de setembro.


Texto sobre industrialização no Brasil.


Palavras Cruzadas

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

3º E - Texto para atividade - Geografia


                         Globalização
O que é Globalização - Conceito

           Podemos dizer que é um processo econômico e social que estabelece uma integração entre os países e as pessoas do mundo todo. Através deste processo, as pessoas, os governos e as empresas trocam idéias, realizam transações financeiras e comerciais e espalham aspectos culturais pelos quatro cantos do planeta.

           O conceito de Aldeia Global se encaixa neste contexto, pois está relacionado com a criação de uma rede de conexões, que deixam as distâncias cada vez mais curtas, facilitando as relações culturais e econômicas de forma rápida e eficiente.    

Origens da Globalização e suas Características

           Muitos historiadores afirmam que este processo teve início nos séculos XV e XVI com as Grandes Navegações e Descobertas Marítimas. Neste contexto histórico, o homem europeu entrou em contato com povos de outros continentes, estabelecendo relações comerciais e culturais. Porém, a globalização efetivou-se no final do século XX, logo após a queda do socialismo no leste europeu e na União Soviética. O neoliberalismo, que ganhou força na década de 1970, impulsionou o processo de globalização econômica.

           Com os mercados internos saturados, muitas empresas multinacionais buscaram conquistar novos mercados consumidores, principalmente dos países recém saídos do socialismo. A concorrência fez com que as empresas utilizassem cada vez mais recursos tecnológicos para baratear os preços e também para estabelecerem contatos comerciais e financeiros de forma rápida e eficiente. Neste contexto, entra a utilização da Internet, das redes de computadores, dos meios de comunicação via satélite etc.

           Uma outra característica importante da globalização é a busca pelo barateamento do processo produtivo pelas indústrias. Muitas delas, produzem suas mercadorias em vários países com o objetivo de reduzir os custos. Optam por países onde a mão-de-obra, a matéria-prima e a energia são mais baratas. Um tênis, por exemplo, pode ser projetado nos Estados Unidos, produzido na China, com matéria-prima do Brasil, e comercializado em diversos países do mundo.

            Para facilitar as relações econômicas, as instituições financeiras (bancos, casas de câmbio, financeiras) criaram um sistema rápido e eficiente para favorecer a transferência de capital e comercialização de ações em nível mundial..

Investimentos, pagamentos e transferências bancárias, podem ser feitos em questões de segundos através da Internet ou de telefone celular.

          Os tigres asiáticos (Hong Kong, Taiwan, Cingapura e Coréia do Sul) são países que souberam usufruir dos benefícios da globalização. Investiram muito em tecnologia e educação nas décadas de 1980 e 1990. Como resultado, conseguiram baratear custos de produção e agregar tecnologias aos produtos. Atualmente, são grandes exportadores e apresentam ótimos índices de desenvolvimento econômico e social.  

Blocos Econômicos e Globalização

           Dentro deste processo econômico, muitos países se juntaram e formaram blocos econômicos, cujo objetivo principal é aumentar as relações comerciais entre os membros. Neste contexto, surgiram a União Européia, o Mercosul, a Comecom, o NAFTA, o Pacto Andino e a Apec. Estes blocos se fortalecem cada vez mais e já se relacionam entre si. Desta forma, cada país, ao fazer parte de um bloco econômico, consegue mais força nas relações comerciais internacionais.

Internet, Aldeia Global e a Língua Inglesa

          Como dissemos, a globalização extrapola as relações comerciais e financeiras. As pessoas estão cada vez mais descobrindo na Internet uma maneira rápida e eficiente de entrar em contato com pessoas de outros países ou, até mesmo, de conhecer aspectos culturais e sociais de várias partes do planeta. Junto com a televisão, a rede mundial de computadores quebra barreiras e vai, cada vez mais, ligando as pessoas e espalhando as idéias, formando assim uma grande Aldeia Global. Saber ler, falar e entender a língua inglesa torna-se fundamental dentro deste contexto, pois é o idioma universal e o instrumento pelo qual as pessoas podem se comunicar.

A Industrialização no Brasil

          Enquanto o Brasil foi colônia de Portugal (1500 a 1822) não houve desenvolvimento industrial em nosso país. A metrópole proibia o estabelecimento de fábricas em nosso território, para que os brasileiros consumissem os produtos manufaturados portugueses. Mesmo com a chegada da família real (1808) e a Abertura dos Portos às Nações Amigas, o Brasil continuou dependente do exterior, porém, a partir deste momento, dos produtos ingleses.

Começo da industrialização

         Foi somente no final do século XIX que começou o desenvolvimento industrial no Brasil. Muitos cafeicultores passaram a investir parte dos lucros, obtidos com a exportação do café, no estabelecimento de indústrias, principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro. Eram fábricas de tecidos, calçados e outros produtos de fabricação mais simples. A mão-de-obra usadas nestas fábricas eram, na maioria, formada por imigrantes italianos.

Era Vargas e desenvolvimento industrial


           Foi durante o primeiro governo de Getúlio Vargas (1930-1945) que a indústria brasileira ganhou um grande impulso. Vargas teve como objetivo principal efetivar a industrialização do país, privilegiando as indústrias nacionais, para não deixar o Brasil cair na dependência externa. Com leis voltadas para a regulamentação do mercado de trabalho, medidas protecionistas e investimentos em infra-estrutura, a indústria nacional cresceu significativamente nas décadas de 1930-40. Porém, este desenvolvimento continuou restrito aos grandes centros urbanos da região sudeste, provocando uma grande disparidade regional.

           Durante este período, a indústria também se beneficiou com o final da Segunda Guerra Mundial (1939-45), pois, os países europeus, estavam com suas indústrias arrasadas, necessitando importar produtos industrializados de outros países, entre eles o Brasil.
          Com a criação da Petrobrás (1953), ocorreu um grande desenvolvimento das indústrias ligadas à produção de gêneros derivados do
petróleo (borracha sintética, tintas, plásticos, fertilizantes, etc).

Período JK

          Durante o governo de Juscelino Kubitschek (1956 -1960) o desenvolvimento industrial brasileiro ganhou novos rumos e feições. JK abriu a economia para o capital internacional, atraindo indústrias multinacionais. Foi durante este período que ocorreu a instalação de montadoras de veículos internacionais (Ford, General Motors, Volkswagen e Willys) em território brasileiro.

Últimas décadas do século XX

           Nas décadas 70, 80 e 90, a industrialização do Brasil continuou a crescer, embora, em alguns momentos de crise econômica, ela tenha estagnado. Atualmente o Brasil possui uma boa base industrial, produzindo diversos produtos como, por exemplo, automóveis, máquinas, roupas, aviões, equipamentos, produtos alimentícios industrializados, eletrodomésticos, etc. Apesar disso, a indústria nacional ainda é dependente, em alguns setores, (informática, por exemplo) de tecnologia externa.

URBANIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DO BRASIL

          A maior parte da população brasileira vive em cidades. Porém essa URBANIZAÇÃO é recente em nosso país.

          A população urbana brasileira saltou de aproximadamente 53 milhões em 1970 para 138 milhões de pessoas no ano 2000. Enquanto a população rural, que era cerca de 41 milhões em 1970, ficou reduzida a menos de 32 milhões em 2000.

         Mais de 80% da população brasileira é urbana, isto é, vive em cidades, e cerca de 20%, em áreas rurais, segundo dados oficiais.   Na década de 1970, o perfil da economia brasileira foi se modificando: de agro-exportador, nosso país passou a ser também INDUSTRIALIZADO. O processo de industrialização intensificou o de urbanização.

         O processo de industrialização acaba gerando a necessidade de ampliar a oferta de serviços e equipamentos urbanos.

          Foi somente no século XX, especialmente na década de 1930, que a atividade industrial assumiu uma importância crescente na economia nacional.  Antes de o Brasil passar pelo processo de industrialização, o principal produto da nossa economia era o café. A cafeicultura proporcionou condições favoráveis à industrialização do país. Tais como:

 
1. ACUMULAÇÃO MONETÁRIA: parte do dinheiro acumulado com as exportações do café foi investido na importação de máquinas e na instalação de indústrias.

 
2. DESENVOLVIMENTO DE INFRA-ESTRUTURAS: os investimentos na infra-estrutura de transportes (ferrovias, portos) e de energia elétrica para a circulação da produção cafeeira beneficiaram a instalação das indústrias.

 
          Havia disponibilidade de mão-de-obra, principalmente dos imigrantes e dos ex-escravizados. Como a mão-de-obra era abundante, os trabalhadores eram obrigados a aceitar os salários baixíssimos e as péssimas condições de trabalho nas fábricas.

         Outra condição favorável à industrialização foi a formação de um MERCADO CONSUMIDOR INTERNO. Esse mercado consumidor se ampliou com a libertação dos escravos, pois estes passaram a ser mão-de-obra assalariada.

           Desde o início da industrialização brasileira, a Região Sudeste tem a maior concentração de unidades fabris.   Recentemente novos pólos industriais têm se formado em várias regiões do país, especialmente na Região Sul, que em 1970 tinha cerca de 14 mil fábricas e em 1990 passou a ter mais de 40 mil. 

          O Nordeste também tem atraído muitas indústrias, destacando-se as de calçados e têxteis.
Apesar da desconcentração industrial do Sudeste para outras regiões do país a atividade industrial na região continua muito forte.

Urbanização em Países Desenvolvidos e Sub-Desenvolvidos

por Eduardo Frigoletto
Urbanização em Países Desenvolvidos

            Os fatores atrativos da urbanização, em países desenvolvidos, estão ligados basicamente ao processo de industrialização em sentido amplo, ou seja, às transformações provocadas na cidade pela indústria, notadamente quanto à geração de oportunidades de empregos, seja no setor secundário, seja no setor terciário, com salários em geral mais altos. Essas condições surgiram primeiramente nos países de industrialização antiga, os países desenvolvidos. Nesses países, além das transformações urbanas, houve, como consequência da Revolução Industrial, também uma revolução agrícola, ou seja, uma modernização da agropecuária que, ao longo da história, foi possibilitando a transferência de pessoas do campo para a cidade, principalmente como resultado da mecanização da agricultura.

           A urbanização que ocorreu nos países desenvolvidos foi gradativa. As cidades foram se estruturando lentamente para absorver os migrantes, havendo melhorias na infra-estrutura urbana – moradia, água, esgoto, luz, etc. – e aumento de geração de empregos. Assim, os problemas urbanos não se multiplicaram tanto como nos países subdesenvolvidos. Além disso, pelo fato de gradativamente haver um aumento nos fluxos de mercadorias e pessoas, o processo de industrialização foi também se descentralizando geograficamente. Como resultado, há nos países desenvolvidos uma densa e articulada rede de cidades.

Urbanização em Países Sub-Desenvolvidos

          Já os fatores repulsivos são típicos de países subdesenvolvidos, sem indústrias ou com um baixo nível de industrialização. Estão ligados fundamentalmente às péssimas condições de vida existentes na zona rural, em função da estrutura fundiária bastante concentrada, dos baixos salários, da falta de apoio aos pequenos agricultores, do arcaísmo, das técnicas de cultivo, etc. Assim, há uma grande transferência de população para as cidades, notadamente para as grandes metrópoles, criando uma série de problemas urbanos. Tais problemas são resultado de um fenômeno urbano característico de muitos países subdesenvolvidos: a macrocefalia urbana.

            É importante que as metrópoles de São Paulo, de Nova Iorque e de Xangai, que estão entre as cinco maiores do mundo, têm um percentual baixo em relação à população total e urbana de seus países. Porque o total da população do Brasil, dos Estados Unidos e da China é muito grande.          Por outro lado a população do Uruguai e da Líbia é muito pequena. Por isso Montevidéu e Trípoli, cidades bem menores, têm um peso tão grande na população total e urbana de seus países. Assim a macrocefalia deve ser entendida como o resultado da grande concentração das atividades econômicas, principalmente dos serviços, e, portanto, da população em algumas cidades, que acabam se tornando muito grandes relativamente. Embora esse fenômeno ocorra também em países desenvolvidos, ele assume proporções maiores nos subdesenvolvidos. Nos países desenvolvidos, como o crescimento das cidades foi lento e bem-estruturado, o fenômeno não assumiu proporções tão grandes como em muitos países subdesenvolvidos, onde o crescimento das cidades foi, além de muito concentrado espacialmente, rápido e desordenado. A consequência foi uma série de problemas facilmente percebidos na paisagem urbana desses países.

          O crescimento rápido de algumas cidades, que acaba culminando no fenômeno da metropolização, é resultado da incapacidade de criação de empregos, seja na zona rural, seja em cidades pequenas e médias, o que força o deslocamento de milhões de pessoas para as cidades que polarizam a economia de cada país. Acrescente-se a isso o fato de esses países, com raras exceções, apresentarem altas taxas de natalidade e, portanto, alto crescimento demográfico, e está formado o quadro que explica o rápido crescimento das metrópoles no mundo subdesenvolvido.

              Mesmo o centro dinâmico dos países subdesenvolvidos não tem capacidade de absorver tamanha quantidade de migrantes, e logo começa a aumentar o número de pessoas desempregadas. Muitos desempregados permanentes, para poder sobreviver, acabam se refugando no subemprego, que é toda forma de trabalho remunerado ou prestação de serviços que funciona à margem da economia formal, compondo, por isso a economia informal ou subterrânea. É a economia que não aparece nas cifras oficiais, pois não tem nenhum tipo de registro e não recolhe nenhum tipo de imposto. Como os rendimentos, em geral, são muito baixos, mesmo para os trabalhadores da economia formal, muitos não tem condições de comprar sua moradia nem de alugar uma casa ou apartamento para viver. Assim. Proliferam cada vez mais as submoradias: favelas, cortiços, pessoas abrigadas debaixo de pontes e viadutos, quando não vivendo ao relento. Essa é a face mais visível do crescimento desordenado das cidades. Os números da tabela abaixo explicitam esse que é um dos mais graves problemas urbanos brasileiros e do mundo subdesenvolvido.


FAVELADOS
(em relação à população total da cidade
Belém
19,5%
Manaus
18,0%
Fortaleza
16,7%
Rio de Janeiro
16,1%
Belo Horizonte
11,8%
Recife
8,3%
Porto Alegre
7,9%
Curitiba
6,8%
São Paulo
6,7%
Salvador
4,0%

(Anuário Estatístico do Brasil, 1994)*Se considerássemos a população das regiões metropolitanas, o número de favelados aumentaria consideravelmente.

            Cria-se, assim, um meio social extremamente favorável à proliferação de outro problema que atormenta o cotidiano de milhões de pessoas nas grandes cidades dos países subdesenvolvidos: a violência urbana. Roubos, assaltos, sequestros, assassinatos etc. atingem milhares de pessoas todos os anos, fazendo muitas vítimas fatais. Sem contar ainda a violência no trânsito, que faz tantas outras vítimas de acidentes. É por essas razões que o estresse é o "mal do século", atingindo principalmente os habitantes das grandes metrópoles, tanto nos países subdesenvolvidos como nos desenvolvidos, pois muitos desses problemas também ocorrem em metrópoles de países ricos.